Uma criança britânica que sofria diversas
convulsões toda semana está enfim se recuperando, depois que seus pais
iniciaram um controverso tratamento com maconha medicinal.
Médicos disseram a Paige e Matt Figi que sua filha, Charlotte, não
teria muito tempo de vida depois de ser diagnosticada com uma condição
rara de epilepsia. Depois de anos pesquisando uma forma de curar a
doença, eles passaram a alimentá-la com doses controladas de cannabis
sativa – parte de um procedimento que ainda não conta com ampla
aceitação médica. As informações são do Daily Mail.
Os pais relatam que poucos meses depois
de dar início ao tratamento, Charlotte começou a caminhar e falar pela
primeira vez, e suas convulsões praticamente pararam. “Tentamos todo o
possível, e os doutores continuavam nos dizendo que ela iria morrer.
Quando Matt me falou sobre o tratamento, fiquei horrorizada, mas
estávamos tão desesperados que decidimos tentar”, informou a mãe da
menina.
Charlotte, hoje com seis anos, teve as
primeiras convulsões aos três meses de idade. Dentro de uma semana, ela
começou a ter crises diversas vezes por dia. Ela foi diagnosticada com
síndrome de Dravet – ou epilepsia mioclônica severa da infância -, uma
forma rara de epilepsia que começa nos primeiros meses de vida. Crianças
com essa condição costumam se desenvolver normalmente enquanto bebês,
porém seu crescimento começa a estagnar por volta dos dois anos de vida.
Pacientes com essa condição registram maior incidência de morte súbita
inesperada em epilepsia.
Ainda não há cura para essa síndrome, e
as opções de tratamento são limitadas, mas envolvem principalmente o uso
de antiepilépticos para combater as convulsões. O tratamento com
maconha medicinal envolve o aproveitamento do óleo extraído da folha da
cannabis, que é então diluído até atingir uma dose precisa. Esse
procedimento não é totalmente aprovado, porém recebe apoio de algumas
entidades – especialmente das famílias de pacientes com epilepsia,
esclerose múltipla e mal de Parkinson.
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