Previsão é que 19 novas hidrelétricas (19.673) sejam licitadas nos próximos anos
Por Wagner Freire

No total, de 2012 até 2021, a capacidade
de geração hidráulica aumentará de 84 GW para 117 GW, aproximadamente. A
região Norte é onde ocorrerá a maior expansão hidrelétrica, devido à
entrada em operação de grandes empreendimentos, com destaque para a
hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW), cuja motorização deve levar três
anos com a entrada em operação de 6 máquinas de 611,1 MW por ano.
Porém, embora a instalação de novas
usinas signifique aumentar a capacidade hidrelétrica instalada do país
em 40%, a capacidade de armazenamento dos reservatórios terá uma
elevação de apenas 5% ao final do ano de 2021.
"Analisando a previsão de capacidade de
armazenamento dos reservatórios ao final do ano de 2021, percebe-se que,
em termos percentuais, a elevação de 5% é bem inferior ao aumento da
capacidade instalada de usinas hidrelétricas, de 40%", destaca o
documento.
A previsão é que apenas duas usinas
tenham reservatórios de acumulação a montante. "A maioria das usinas
viáveis neste horizonte [dez anos] está localizada em bacias ainda
inexploradas, para as quais não há previsão de instalação de usinas com
reservatórios de regularização das vazões afluentes”, explica.
Grande parte das hidrelétricas a serem
viabilizadas devem operar a “fio d’água”, ou seja, toda vazão afluente
deve ser turbinada ou vertida, não havendo condições de armazená-la.
"Esta configuração do sistema gera
consequências diversas, dentre as quais: a impossibilidade de controle
de cheias; maior exigência das atuais usinas do sistema com capacidade
de regularização, gerando grandes alterações de nível dos reservatórios
ao longo de curtos ciclos hidrológicos (o que muitas vezes não é
possível em função de restrições operativas hidráulicas); e maior
despacho térmico para atender às exigências sazonais da carga, que não
poderão ser atendidas pelo armazenamento hidráulico", alerta o
documento.
Dentre as usinas a serem licitadas, as
hidrelétricas São Luiz do Tapajós (6.133MW) e Jatobá (2.336MW) são
consideradas estratégicas de interesse público, estruturantes e
prioritárias para efeito de licitação e implantação, conforme Resolução
Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE) Nº3 de maio de 2011. A
previsão é que essas usinas estejam operando em dezembro de 2018 e
abril de 2019, respectivamente.
Os projetos de geração com concessão já
outorgada no passado, como as usinas Couto Magalhães (150 MW), Santa
Isabel (1.087 MW), Pai Querê (292 MW) e Itaocara I (145 MW), não foram
considerados no horizonte de estudo do PDE2021. A explicação é que esses
empreendimentos apresentam "problemas específicos a serem resolvidos
para andamento da obra". Contudo, permanecem sendo fiscalizadas pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e acompanhadas pelo
planejador, podendo compor a configuração dos futuros lanos à medida que
sejam equacionados os seus problemas.
Para ler o PDE 2021 na íntegra, clique aqui
FONTE: http://www.jornaldaenergia.com.br
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