Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa
judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo
sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do
inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a
liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no
calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa
origina-se do hebraico Pesah. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os
italianos de Pasqua , os franceses de Pâques, e também em outras línguas
que provavelmente não saiu do hebraico: latim Pascha, azerbaijano
Pasxa, basco Pazko, catalão é Pasqua, crioulo haitiano Pak, dinarmaquês
Påske, Pasko em esperanto, galês Pasg, Pasen em holandês, indonésio
Paskah, Páskar em islandês, Paskah em malaio, em norueguês påske, Paști
em romeno, Pasaka em suaíle, påsk em sueco e Paskalya em turco.
Os termos "Easter" (Ishtar)
e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter
qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais
aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII. Porém, é importante mencionar que Ishtar é cognata de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia),
ambas ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de
"Ostern", e consequentemente a Páscoa (direta e indiretamente), tiveram
notórias influências.
Páscoa Cristã
Celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu
corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias,
até sua ressurreição.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais
pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a
Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário
judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas
do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim
como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João
propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura
da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia da qual
participou Jesus Cristo (segundo o Evangelho de Lucas 22:16) teria
ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
Páscoa no Judaísmo
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel
deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre
as portas de suas casas, e o anjo passaria por elas sem ferir seus
primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis
a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai:
Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Tradições pagãs na Páscoa
Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com
desenhos e formas abstratas; em grande parte dos países ainda é um
costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos
por ovos de chocolate.
No entanto, o costume não é citado na Bíblia e portanto, este é uma
alusão a antigos rituais pagãos. A primavera, lebres e ovos pintados com
runas eram os símbolos da fertilidade e renovação associados a deusa nórdica Gefjun.
A lebre
(e não o coelho) era o símbolo de Gefjun. Suas sacerdotisas eram ditas
capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre
sacrificada. A versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é
comercialmente mais interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas
entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta
rima.

O cálculo da data da Páscoa,
também conhecido como Computus (Latim), é fundamental no calendário
cristão desde os primórdios da cristandade, tornando-se definido na Idade Média.
A Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio da Primavera (no hemisfério norte, outono
no hemisfério sul), ou seja, é equivalente à antiga regra de que seria o
primeiro Domingo após o 14º dia do mês lunar de Nisan. Poderá assim
ocorrer entre 22 de Março e 25 de Abril.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa
Nenhum comentário:
Postar um comentário