Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luís - Brusque/SC. Graduando em Pedagogia pela UNOPAR.
Ser professor hoje é uma tarefa bem difícil, mas prazerosa, pois ele
precisa se dedicar, e muito, aos estudos, a pesquisa, ao seu
desenvolvimento profissional e aos seus alunos.A profissão docente é uma
das mais difíceis, pois temos desafios todos os dias, como ensinar o
aluno a pensar, a pesquisar, etc.
Poucas profissões, em todo o mundo, gozam de tanto prestígio junto à
sociedade quanto os professores. Transmitir conhecimento, a crianças ou
adultos, é tido como uma bela 'vocação' pela maioria das pessoas. Como
toda a sociedade, porém, o trabalho realizado pelos docentes sofreu
profundas alterações nos últimos anos. As bases para as transformações
estão na própria evolução vivida no mundo. E não apenas tecnológica, mas
também de comportamento, pedagógica, na administração do ensino, no
comportamento dos alunos e no reconhecimento pelo trabalho.
A situação atual dos professores é semelhante ao século XVIII, em
relação ao salário pago. O salário médio do professor brasileiro em
início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países
desenvolvidos e em desenvolvimento comparados em um estudo da UNESCO.

Com os baixos salários oferecidos no Brasil, poucos jovens acabam
seguindo a carreira. Outro problema é que professores com alto nível de
educação acabam deixando a profissão em busca de melhores salários. O
Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe, o que
prejudica o ensino, isto é, existem mais de 29 alunos por professor no
Brasil.
Em outra situação, ser professor tem sido mais uma vivencia de dor do
que de dom. A violência nas Escolas ultrapassou todos os limites. Os
alunos em geral tem uma grande noção sobre os seus direitos previstos no
Estatuto da Criança e do Adolescente, dando-lhes a liberdade no
ambiente escolar. No final a violência sobra para todos os membros da
comunidade escolar. As pessoas não entendem que junto com o direito vem o
dever da obrigação e do respeito humano. Porém nem os pais de alunos e
muito menos os alunos entendem essa dinâmica social.
A lousa, o caderno, o lápis e a borracha, tão comuns à sala de aula,
não é de hoje convivem com o porte de armas, a atuação de gangues e do
tráfico de drogas, o furto e a agressão física e verbal.
Segundo a revista Veja (17 de Junho 2009), 46% dos professores dizem
que sua maior dificuldade é conter a indisciplina e despertar a atenção
dos alunos; 52% admitem atitudes agressivas com os estudantes, tendo
sido irônicos ou rudes; 47% já sofreram agressões verbais na sala de
aula e 11% chegaram a ser agredidos fisicamente.
A violência que ronda as escolas atinge todas as classes sociais, mas
é mais presente nos bairros mais carentes. O motivo, segundo os
especialistas, é a falta de estrutura familiar e a carência financeira e
muitas vezes afetiva que levam a uma degradação dos valores morais e
éticos que norteiam a sociedade.
Outra dificuldade que os professores encontram é que muitos destes
são especialistas em uma área e lecionam em uma outra, devido a falta de
professores.Ou seja, são professores que se formaram em outras áreas e
estão nas salas de aula, ensinando coisas que não estudaram na
graduação. A situação mais crítica é na disciplina de artes, seguida de
geografia, matemática e língua estrangeira.
Embora o próprio governo tenha tomado iniciativas para melhorar o
nível dos professores, os grandes agentes de transformação têm sido os
próprios. A rotina vivida dentro da sala de aula tem levado os docentes a
repensar métodos pedagógicos, instrumentos de ensino, uso de
tecnologias e o relacionamento com os alunos.

Nenhum comentário:
Postar um comentário