
“Estamos matando por ano, no país, quase uma cidade de médio porte.
São quase 100 mil pessoas entre homicídios e mortes no trânsito. São 53
mil homicídios por ano”, comentou ele. “É uma desgraça constante e
crônica na área da segurança. Não é qualquer tipo de morte, estamos
eliminando anualmente toda uma geração de jovens: em geral, negros,
pobres, na faixa dos 14 aos 24 anos”, ressaltou.
Comprar mais armas, viaturas, rádios e coletes apenas, sem tecnologia
de ponta, como sistemas de comando e controle, vídeo e monitoramento,
aparelhamento e treinamento dos policiais é fazer mais do mesmo, segundo
ele. “Não teremos a menor chance de reduzir o número de mortes, nem dos
demais crimes que assolam hoje a sociedade brasileira, se não tivermos
mais seriedade na gestão pública. Comprar apenas apetrechos é manter a
política do espetáculo, que é a do tiroteio, do chute na porta, da
quantidade de prisões, e ao final o resultado é pífio”, comentou.
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