sexta-feira, 24 de junho de 2011

Saiba como os hackers 'derrubam' sites do governo

Em 24/06/2011 - 14h53 | do BOL

Reprodução/Twitter

'Mascote' do grupo hacker LulzSecBrazil, responsável por ataques a sites do governo

Juliana Dutra - Especial para o BOL

Os recentes ataques aos sites oficias do governo (Presidência da República, Receita Federal e Ministério do esporte) são feitos por pessoas com bons conhecimentos de informática que, por alguma causa ou pura diversão, se dedicam a invadir redes de computadores ilegalmente.

Para alterar o conteúdo das páginas, eles procuram brechas de segurança nos servidores ou simplesmente descobrem a senha de acesso para publicação de arquivos.

Uma das formas usadas para derrubar sites é programar visitas em massa de milhares de computadores ao mesmo tempo. Para isso, utilizam computadores de terceiros como “zumbis”. Na maioria das vezes, o dono do computador nem fica sabendo que seu equipamento está sendo usado para um ataque.O hacker envia um link por e-mail ou redes sociais para milhões de pessoas, como se fosse uma notícia, um jogo ou uma oferta qualquer. Quando o internauta clica no endereço, sua máquina é infectada por um programa que fica escondido até o comando do hacker. Ao acionar o ataque, todos os computadores acessam ao mesmo tempo um determinado site, que, pouco preparado para receber um grande número de visitas, acaba saindo do ar.

Ativismo hacker

No caso de grupos que se intitulam “ativistas”, como o LulzSec e o Anonymous, esse processo é feito também “recrutando” manifestantes. Os hackers disponibilizam um link para que os “soldados” ofereçam suas máquinas conscientes dessa finalidade.

O grupo hacker LulzSecBrazil, que recentemente atacou os sites do governo, é um desmembramento da versão americana, LulzSec. A versão brasileira é uma unidade reconhecida pela original.

‘Lulz’ é uma gíria da internet que vem de outro termo (“LOL”, ou “laugh out loud”, o mesmo que “rir alto”), ‘Sec’ é uma corruptela de “segurança”. O nome mostra a que o grupo se propõe: provar que a segurança na internet é uma piada. Tudo isso “for the lulz”, ou seja, em nome da diversão.

Os integrantes se reúnem em chats e dão boas vindas a qualquer internauta a favor da “causa”. Publicam, inclusive, vídeos e textos repletos de piadas internas e imagens subliminares que atraem diretamente o público desejado.

O que inicialmente era uma proposta de “brincadeira” acabou se transformando quando o grupo uniu forças ao já conhecido Anonymous, grupo hacker responsável pelos ataques a favor da WikiLeaks.

Em um manifesto por escrito, declararam a “Operação Anti-Segurança”, contra todos os governos.Tendo como principal alvo sites oficiais, bancos e organizações que possam revelar assuntos sigilosos.

O objetivo é divulgar dados que o público não pode acessar, afrontar diretamente o governo e com isso mostrar que não há segurança na internet.

Seu principal contato com público é por meio de contas em rede social, onde divulgam os ataques, e um endereço oficial na internet, pelo qual publicam os arquivos vazados e demais informações.

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