Por Josias de Souza
Você pode não entender nada de economia.
Mas percebe intuitivamente a presença da inflação ao redor. Na feira ou
no supermercado, a inflação é o excesso de uma coisa que vai lhe fazer
falta. Em casa, a inflação é a subversão do brocardo: onde comem dois
come um.
Saiu nesta quarta o IPCA, índice oficial
da inflação, do mês de março. Ficou em 0,47%. Com isso, a inflação
acumulada dos últimos 12 meses bateu em 6,59%, furando o teto da meta do
governo, que é de 6,5% ao ano. A carestia dos alimentos respondeu por
60% da variação da inflação de março.
Em 12 meses, os alimentos acumulam uma
alta de 13,48%. Quer dizer: a comida subiu mais do que o dobro da
inflação média do período: 6,59%. O tomate subiu 122,13%. Mas não é o
campeão da carestia. A farinha de mandioca subiu ainda mais: 151,39%.
Repare na tabela abaixo que há outras variações espantosas –a batata
(97,29%) e a cebola (76,46%, por exemplo.
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