Fotos: Kívia Soares/NE10 RN
Kívia Soares Do NE10/Rio Grande do Norte
A onda de protestos com diversas pautas de reivindicações que tomou
conta das ruas em diferentes cidades do Brasil, nessa segunda-feira
(17), foram destaque na imprensa internacional e Natal, capital do Rio
Grande do Norte, foi lembrada pelo New York Times, dos Estados Unidos,
como a cidade pioneira nas manifestações.
Segundo matéria publicada nesta terça-feira (18), o jornal
norte-americano lembrou que “protestos semelhantes surgiram em maio, em
Natal, uma cidade no Nordeste do Brasil, e este mês, em São Paulo,
depois que as autoridades levantaram as tarifas de ônibus levando a uma
onda de manifestações”, diz um dos trechos da matéria.
O veículo comentou que milhares de pessoas participaram dos
movimentos nas maiores cidades do País, e enfatizou as mobilizações em
São Paulo, Rio de Janeiro e no Congresso Nacional, em Brasília.
A REVOLTA DO BUSÃO – Na capital potiguar, tudo
começou com o primeiro protesto da chamada #RevoltadoBusão, movimento
iniciado nas redes sociais contra o aumento de R$ 0,20 no valor da
passagem na cidade, colocando Natal entre as capitais do Nordeste que cobram as tarifas mais caras.
O primeiro ato ocorreu no dia 15 de maio deste ano, reunindo centenas de estudantes na BR-101,
em frente ao Shopping Via Direta, na Zona Sul e saiu em passeata pelas
ruas. O protesto resultou em confronto entre a polícia e os
manifestantes, e causou congestionamento nas principais vias. Além
disso, as empresas de transporte da cidade mandaram recolher os ônibus
durante a mobilização popular, o que acabou prejudicando os usuários que
passaram horas a espera de um coletivo.
A segunda manifestação
foi no dia 16, diferentemente do protesto anterior na quarta (15), não
houve confronto com a Polícia, que acompanhou de perto o protesto. O
grupo desta vez se concentrou no Centro da Cidade, Zona Leste e caminhou
bloqueando a Avenida Rio Branco até a sede da Prefeitura, lá chegando
pediram a presença do prefeito. Logo em seguida parte dos manifestantes
foi protestar em frente à Câmara do Vereadores, onde foram recebidos por
alguns parlamentares.
Já no dia 20 houve nova mobilização em frente à Prefeitura,
e os manifestantes também promovem um “roletaço” na Avenida Prudente de
Morais, no bairro do Tirol, onde os passageiros entravam no ônibus sem
pagar passagem, deixando o trânsito lento nas imediações.
Eles ainda distribuíram panfletos nas paradas e dentro dos ônibus, convocando a população para a outra manifestação que viria ocorrer no dia 21,
quando três movimentos diferentes se uniram para protestar nas ruas e
reivindicar suas pautas: a #RevoltadoBusão, Movimento Sem Terra (MST) e
Grito da Seca, promovido pela Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio
Grande do Norte (Fetarn). Os manifestantes bloquearam os cruzamentos
das avenidas Jaguarari e Capitão-mor Gouveia, Zona Sul, e logo após
seguiram em passeata até o Centro Administrativo do Governo. Segundo a
Fetarn, o ato reuniu cerca de seis mil pessoas.
No dia 23, cerca de 500 manifestantes
do MST e #RevoltadoBusão voltaram a ocupar as ruas.O ato mais recente
foi no dia 6 de junho, dois dias depois da redução do valor de R$ 2,40
para R$ 2,30 devido à desoneração tributária. No entanto, os
manifestantes também pleiteiam licitação para o transporte público de
Natal e melhores condições no serviço das empresas de ônibus,
considerado precário. Durante o ato, um jovem chegou a cair de um viaduto, numa altura de aproximadamente seis metros.
Um novo ato nacional está marcado para a quinta-feira (20), com protestos previstos, inclusive, em Natal.
COPIADO DE http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia/2013/06/18/natal-e-lembrada-pelo-new-york-times-como-cidade-pioneira-nas-manifestacoes-no-brasil-425997.php
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