quarta-feira, 30 de maio de 2012

Barra de Cunhaú: Invasão de Terras



Após as primeiras horas da segunda-feira, 28/05, a belíssima Praia de Barra do Cunhaú, localizada na cidade de Canguaretama, a aproximadamente 82 Km  da capital do RN foi surpreendida por uma invasão de  pessoas a um terreno localizado próximo ao "Conjunto olho d`água", conhecido popularmente como "Conjunto Sem Terra".

O assentamento já concentra uma multidão de aproximadamente mais de 1000 pessoas, espalhadas em cabanas improvisadas, sem água potável e com a ausência de energia elétrica. É grande o de crianças de colo e idosos, o que pode gerar a rápida necessidade de assistência médica e social por parte dos órgãos competentes. Os "recém-assentados" ainda reclamam um posicionamento do prefeito ou de seus subordinados no local, para que se tentem resolver a situação dos ocupantes em relação a propriedade.

De acordo com relatos dos ocupantes, o doador da área, o português Sr. Fernando, ao visitar o local comentou para uma moradora residente nas redondezas sua insatisfação em não ver qualquer construção na área cedida por ele ao município e que já se havia passado muito tempo desde a doação. Ao ouvir esta declaração, a mulher que residia em casa alugada, deu início a invasão do terreno, espalhando-se a partir daí a notícia com espantosa rapidez. Ao efetivarem a ocupação total do terreno, outras famílias que chegavam ao local  passaram a invadir também as áreas vizinhas que fazem fronteiras ao terreno doado pelo português e que também pertencem ao mesmo.

Ainda continua a chegar ao local dezenas de pessoas em esperança de conseguir um lote do terreno. Até à tarde do dia 29/05, aproximadamente mais de 300 famílias já estavam no assentamento em posse de lotes  que variam em média de 10x15m². Foi informado também que pessoas de outras cidades, dentre as quais Vila Flor e Montanhas tentaram conseguir um espaço, sendo negado pelos próprios invasores sob alegação  de que receberiam prioridade na distribuição dos lotes, pessoas que não tem residências próprias e moram de aluguel, casa de parentes ou em abrigos e que teriam que pertencer à comunidade de Barra do Cunhaú.

#Fonte: Blog Canguaretama em Chamas

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