O
presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkosky,
afirmou nesta segunda-feira (14) que pelo menos 1.400 prefeitos devem
deixar dívidas para os sucessores referentes a obras contratadas em seus
municípios. A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe que os prefeitos
terminem o mandato com restos a pagar que excedam a receita dos
municípios. As eleições municipais serão em outubro deste ano.
“Mais de 1.400 municípios têm restos a
pagar e os prefeitos disseram que não têm condições de pagar. Além
disso, 350 municípios disseram que estão com a folha de pessoal
atrasada”, afirmou Ziulkosky.
Segundo ele, as prefeituras tiveram
receita baixa nos últimos anos e crescimento nas despesas devido ao
aumento do salário mínimo, do piso nacional do magistério, e de
programas federais com contrapartida dos municípios. Além disso, de
acordo com a CNM, o governo federal deve aos municípios R$ 20 bilhões em
restos a pagar.
Os restos a pagar são recursos previstos
em Orçamentos de anos anteriores, e que, embora autorizados pelo
Executivo, não foram pagos. Ziulkosky apresentou nesta tarde a pauta de
reivindicação da 15ª Marcha de Prefeitos, que começa nesta terça (15),
em Brasília, e vai até quinta (17).
Repasses
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), previsto para 2012 é muito pequeno quando comparado ao aumento de despesas das prefeituras. Segundo Ziulkosky, o FPM, que compreende o montante de repasses da União às prefeituras, será de R$ 73,8 bilhões neste ano, R$ 8,2 bilhões a mais que o liberado em 2011.
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), previsto para 2012 é muito pequeno quando comparado ao aumento de despesas das prefeituras. Segundo Ziulkosky, o FPM, que compreende o montante de repasses da União às prefeituras, será de R$ 73,8 bilhões neste ano, R$ 8,2 bilhões a mais que o liberado em 2011.
“Os gestores estão passando por situação
angustiante. Serão todos ficha suja ou condenados”, disse. Além de
exigir o pagamento pela União dos restos a pagar devidos aos municípios,
a confederação pede que seja aprovado na Câmara o projeto que prevê a
alteração na partilha dos royalties do petróleo, de modo a beneficiar
estados e municípios não-produtores.
A Marcha dos Prefeitos também vai
reivindicar a renegociação da dívida previdenciária dos municípios com a
União, que não sejam aprovados novos pisos salariais e que as
associações nacionais dos municípios tenham legitimidade para questionar
a constitucionalidade de leis no Supremo Tribunal Federal.
Segundo Ziulkosky, a presidente Dilma
Rousseff vai comparecer nesta terça (15) à abertura da Marcha, que
deverá contar com a presença de 3 mil prefeitos. “Estamos mandando hoje
para o governo essa demanda. Vamos entregar todos esses depoimentos
depois para ela [Dilma Rousseff]. Precisamos de um acesso mais direto à
União”, afirmou.
Do G1, em Brasília
Copiado de: https://montanhasrn.wordpress.com/2012/05/15/1-400-prefeitos-devem-deixar-dividas-para-sucessores-diz-confederacao/
Nenhum comentário:
Postar um comentário