domingo, 1 de setembro de 2013

O PMDB poderá apoiar Robinson Faria para o governo em 2014…? Pode…

Muito mais do que o anunciado rompimento do PMDB com o Governo Rosalba Ciarlini, a semana política ofereceu fatos – fatos – capazes de indicar os caminhos que começam a ser percorridos para a armação dos palanques (e sobretudo coligações) para a eleição do próximo ano.
Principal aliado da governadora Rosalba Ciarlini dentro do PMDB, desde a eleição de 2010, a relação do senador Garibaldi Alves como o Governo começou a se deteriorar ainda quando o advogado Paulo de Tarso Fernandes era o todo poderoso Chefe da Casa Civil e o seu grupo havia recebido duas secretarias de porteira fechada (Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social e Secretaria do Turismo), além da presidência da maior empresa estatal, a Potigás, Antes do rompimento final, o grupo de Garibaldi abriu mão da Secretaria de Turismo, num momento em que o seu indicado, Hamz Elali, desinteressou-se de permanecer no cargo, e o grupo não demonstrou interesse em indicar o novo secretário.
Depois da saída de Paulo de Tarso, seguindo o vice-governador Robinson Faria (donatário da Secretaria de Recursos Hídricos, incluindo a Caern de porteira fechada), foram feitas algumas tentativas de melhoria do relacionamento, inclusive com a entrada em cena do deputado Henrique Alves (que não havia apoiado Rosalba na campanha), defendendo a criação de um conselho político que patrocinou uma reforma no secretariado, no começo do ano, com a indicação de Junior Teixeira (Agricultura), Leonardo Rego (Recursos Hídricos) e Renato Fernandes (Turismo), representando o PMDB, DEM e PR. Registre-se que o desempenho deles, assim como de Rogério Marinho, na pasta do Desenvolvimento Econômico, que entrou um pouco antes. Os quatro tem recebido o reconhecimento e a aprovação geral.
Do ponto de vista prático, o “rompimento” do PMDB significa uma demonstração pública da inexistência compromissos de apóio a uma eventual candidatura de Rosalba à reeleição, um assunto que não está definido nem mesmo na cabeça da própria Rosalba, além de dizer que terá candidato próprio.
- E os fatos? – O mais emblemático de todos foi o anúncio feito pelo deputado Fábio Faria da coligação do seu PSD com o PMDB de Henrique Alves, para formar na coligação da chapa proporcional. Ocorre que o PSD é o único partido com candidato definido ao Governo do Estado, justamente o pai de Fábio, vice-governador Robilson Faria. As dúvidas começam por uma questão fundamental: – Será que o filho do candidato a Governador vai subir num palanque que não apóia o seu candidato ao Governo? – Ou será que existe um desembarque em marcha do PMDB na candidatura de Robinson?
Como, depois de mais de 40 anos de atividades parlamentar, o deputado Henrique Alves vem conseguindo impor a marca pessoal de um político agregador, é possível identificar acertos semelhantes ao divulgado por Fábio, com João Maia, do PR, e com Rogério Marinho do PSDB, não havendo nos dois casos aparentes compromissos com as chapas majoritárias. Mas se tinha, como certo o desembarque de João Maia, da barca governamental, o que pode não acontecer. Sem esquecer que o Presidente da Câmara não parou de conversar com José Agripino, Wilma de Faria e Fátima Bezerra, que poderiam se sentir isolados com a entrada de Fábio.
Resumo da ópera; Uma análise desapaixonada dos fatos mostra que na armação dos palanques (e das coligações) do próximo ano, existem duas situações distintas. A primeira delas é da definição da chapa de Deputados Federais, que, nos últimos 20 anos vem sendo preparadas como um autêntico chapão (na última houve a zebra de Paulo Wagner), que pode já estar sendo costurada nas preliminares. Mas que ficarão na dependência dos arranjos federais e estaduais. O que aumenta, muito, o espaço para que se possa costurar ainda mais.
Do Novo Jornal

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