Além do prefeito e dos seis vereadores, o secretário municipal de Obras, João Felipe, também foi preso.
Allan Darlyson
O Ministério Público iniciou ontem a fase de análise do material apreendido durante a operação. A assessoria de imprensa do órgão informou que o procurador geral de Justiça do Estado, Manoel Onofre Neto, espera entregar a denúncia ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) antes dos 10 dias previstos pela lei. A expectativa é para que o MPRN conclua esse trabalho antes do dia 31 de dezembro.
De acordo com o MP, foi descoberto durante a operação que o prefeito Grinaldo Joaquim da Silva oferecia dinheiro ou vantagens para que os vereadores aprovassem projetos de lei ou fizessem "vista grossa" a atos irregulares do Executivo. Além do prefeito e dos seis vereadores, o secretário municipal de Obras de Vila Flor, João Felipe de Oliveira, também foi preso.
Manoel Onofre conta que o MPE investigava os envolvidos no escândalo há cerca de cinco meses, após denúncia feita pelo vereador Floriano Felinto sobre como funcionava o esquema. A partir de interceptações telefônicas e gravações de vídeos durante as negociações de apuração, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE reuniu provas para pedir nove mandados de prisão e 19 de busca de apreensão, cumpridos na segunda-feira em Vila Flor, Canguaretama e Natal.
Os vídeos, divulgados no site do MPE, mostram o prefeito combinando o pagamento de valores e prometendo vantagens aos envolvidos no esquema. Em um dos vídeos, ele chega a comentar que um deles receberia R$ 3 mil. Segundo o procurador geral, as investigações apontam para o pagamento rotineiro de valores para a maioria dos vereadores no intuito de aprovarem projetos de lei de interesse do prefeito.
Suplentes dos vereadores
- José Joaquim de Souza (DEM)
- Ana Alice da Cruz (PSB)
- Edimê Maria Viana (DEM)
- Luiz Antônio Costa da Silva (PSB)
- Kerginaldo Marques da Silva (PP)
- Carlos Antônio da Silva (PMDB)
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