Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)
Um padre do principal templo católico de Ribeirão Preto (313 km de São
Paulo), a catedral de São Sebastião, afirma que teve seu celular furtado
por uma mulher que se confessou com ele na última terça-feira (1º), por
volta das 17h30.
Carlos Eduardo Tibério, 39, há um ano no sacerdócio, diz que não vai
prestar queixa policial contra a suposta ladra. "Eu já havia perdoado
seus pecados desde o momento da confissão", disse.
O pároco comprou o aparelho, um iPhone 5, a prazo. Ele já pagou três
das 12 parcelas. Tibério diz que não pretende comprar outro celular até
saldar a dívida.
O telefone estava sobre o aparador do confessionário quando sumiu. "Eu
saí da sala de confissão por um instante e, quando voltei, notei que não
estava mais lá."
Segundo ele, a suspeita do furto aparenta ter 40 anos, demonstra ser uma pessoa tranquila e "fala bem".
De acordo com o padre, a mulher pode estar sofrendo por razões
financeiras ou espirituais. "Ninguém furta o que não precisa. Não
podemos julgá-la porque não sabemos o que ela está passando", declara.
O padre espera que a suspeita se arrependa e devolva o aparelho, que
ele comprou com o "suor do trabalho". Para ele, o perdão concedido à
suspeita é uma prova de amor ao próximo. "Amar quem faz o bem é fácil.
Difícil é amar quem nos faz o mal."
Câmeras
Padre Tibério diz que a catedral de São Sebastião estuda instalar câmeras para coibir os constantes furtos e atos de vandalismo registrados no local. Localizada na região central, o entorno da igreja é frequentado por andarilhos e viciados em drogas. "Já chegaram a defecar sobre o altar", afirma.
Padre Tibério diz que a catedral de São Sebastião estuda instalar câmeras para coibir os constantes furtos e atos de vandalismo registrados no local. Localizada na região central, o entorno da igreja é frequentado por andarilhos e viciados em drogas. "Já chegaram a defecar sobre o altar", afirma.
O fato de o templo ser tombado, por reunir acervo do pintor Benedito
Calixto (1853-1927), é outra razão para o futuro monitoramento por
câmeras.
A poucos metros da igreja, existe uma base da Polícia Militar, que
opera o sistema Olhos de Águia, um conjunto de câmeras que vigia a
região central. Mas o trabalho abrange somente a área externa da
catedral.
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