Desde cedo os pais procuram educar as crianças (filhos) pensando em colocá-los no caminho certo. Os filhos vão crescendo e passam a ter contatos sociais: na escola, na rua, com os amigos, vendo televisão e agora na Internet. As crianças aprendem em todo lugar. Aprendem coisas boas e desinteressantes e coisas ruins e mais desejosas. Não são todos que estão aprendendo nessa ordem, mas uma grande maioria sim, o suficiente a por em risco o processo de educação e socialização dos indivíduos.
Nessa perspectiva, os pais procuram criar e educar. Quando ainda não há o contato com o mundo externo da sociabilidade, a educação fica, dentro de casa, mais controlada. Mas ninguém consegue viver no isolamento do lar apenas com a família. O seu humano tem a necessidade de se relacionar. Isso acontece quando o ambiente familiar não é mais a única instituição responsável pela educação das crianças.
Nesse sentido, as informações e a educação que as crianças recebem do mundo exterior passam a confrontar com a educação recebida em casa. Surgem conflitos entre pais e filhos e sobre os conceitos de certo e errado; do que pode e deve e o que não pode e se deve falar e fazer. Mas em algum lugar, esse conflito já existe de forma mais precoce quando a educação familiar falha nos primeiros anos de vida do filho, com a falta de educação mesmo, dos próprios pais; e o ambiente familiar, infelizmente, torna-se zona de conflito, de brigas e palavrões. Alem desses fatores, acrescentem-se as condições sociais e econômicas da família. Um contexto social desestruturado no qual a criança se depara ao nascer e cresce convivendo com isso. Refiro-me a famílias de baixo poder aquisitivo e sem oportunidade de bons estudos.![](http://4.bp.blogspot.com/-YkarauLNsrc/Ta0OXpUlY2I/AAAAAAAACAo/wdoJLuhogHY/s320/Logo-Bullying2.jpg)
Não existe inocência na televisão. Os desenhos animados nada mais são do que propagadores de Bullying: o pica-pau não é um pássaro ingênuo, Tom & Jerry não só praticam brincadeiras agressivas, praticam Bullying o tempo todo; os enlatados japoneses estilo Power Rangers não se cansam de mostrar cenas de violência; as novelas não só mostram violência como também estimulam a falsidade e inimizade; os programas sensacionalistas disfarçados de prestadores de serviço mostram o dia-a-dia da realidade violenta e ainda fazem questão de reprisar insistentemente. Não podemos esquecer os filmes, do street fighters, dos socos e pontapés, do sangue e das mortes. Tudo isso influencia a cabeça das crianças e suscita a imitação da violência com os colegas.
O fato é que em vários lugares o Bullying é promovido consciente e, às vezes, inconscientemente, movido pelo hábito. Vivemos numa sociedade de Bullying. Aprende-se a praticar Bullying em todo lugar e desde cedo. O Bullying é uma questão de educação e de nada adianta jogar a responsabilidade toda para a escola. É preciso fazer um pacto educacional anti-bullying envolvendo o governo com seus ministérios educacionais e sociais: MEC, MDS, Sociedade Civil Organizada, Conselhos, Escolas, Mídia, empresas, ONGs, Associações e comunidades de bairro num projeto multidisciplinar voltado para a educação, cujos mecanismos sejam direcionados não só a formação sistêmica dos alunos, mas também valorativa com os princípios da moral e do respeito mútuo.
Por Cledenilson Moreira - www.clednews.blogspot.com
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