A Comissão de Educação aprovou projeto de lei (PL 71/11)
que autoriza os professores a lecionar, por mais de um turno, em um
mesmo estabelecimento de ensino.
O autor do projeto, deputado Otavio Leite PSDB-RJ), explica que além
do esforço físico e mental, exigido dos professores no magistério, eles
ainda precisam lidar com o estresse de ter que mudar de escola se
quiserem completar as 44 horas semanais.
A proposta flexibiliza a carga horária de trabalho do professor, de
modo que, a sua presença em sala de aula poderá ser de tempo integral.
Além disso, não serão computados seus horários de intervalo de recreio e
o de uma hora para refeição, desde que não ultrapasse a jornada de
trabalho semanal prevista em lei.
O relator do projeto, deputado Professor Sétimo (PMDB-MA), esclarece
que a possibilidade prevista na proposta já é adotada em alguns lugares.
“O parecer aprovado, na realidade, vem só oficializar o que muitos
estados e municípios já estão utilizando, procurando colocar o professor
em uma escola só. Esse nosso projeto vem só melhorar e economizar os
gastos com os professores que tem 40 horas semanais. E se o professor
tem 20 horas semanais e essas 20 horas ele divide pela manhã e a tarde,
ele perde a oportunidade de arrumar outro emprego.”
Já a deputada Fátima Bezerra (PT-RN) é contrária à proposta e avalia
que o professor só poderá cumprir a carga horária se receber um salário
compatível. “O ideal é que o professor possa cumprir a sua carga horária
em um só estabelecimento, evidentemente que para isso tendo um salario
compatível. Considerando que nós devemos avançar na direção de dar ao
professor melhores condições de trabalho, julgamos que ao invés de
aumentar a carga horária do professor, nós devemos racionalizar essa
carga horária e ao mesmo tempo perseguir a luta por um bom salário e por
plano de cargo, carreira e salário justo e digno.”
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