Belo Horizonte – Não bastasse receber o diagnóstico de um
câncer, o tumor maligno na próstata traz a reboque uma série de dúvidas
e riscos de sequelas. Ao homem é apresentado um quadro de dúvidas:
ficarão problemas como a disfunção erétil e a incontinência urinária? Um
quarto dos pacientes submetidos à remoção cirúrgica da glândula sofre
com perda de urina um ano depois do procedimento, precisando recorrer a
fraldas. O que muitos não sabem é que uma prótese pode mudar esse
cenário, considerado por muitos como constrangedor.
O esfíncter artificial, tecnologia classificada mundialmente como
padrão ouro para o tratamento da incontinência urinária masculina grave,
substitui o mecanismo natural de continência por meio de uma prótese,
acionada pelo homem quando tem vontade de urinar. Faltava acesso,
entretanto, pois o esfíncter artificial custa mais de R$ 40 mil. Mas
pesquisadores brasileiros acabam de apresentar uma versão mais
acessível.
O primeiro esfíncter urinário artificial brasileiro, idealizado pelo
urologista e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Salvador Vilar, foi apresentado durante o 34º Congresso Brasileiro de
Urologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia, na semana
passada, em Natal. O protótipo brasileiro, chamado AS904, deve custar
menos de um terço do americano, apesar de ter tecnologia nos padrões
internacionais. “Com a viabilização de uma tecnologia eficaz e nacional,
poderemos beneficiar várias pessoas”, avalia o especialista.
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